domingo, 1 de julho de 2012

"O PROJETO DO OUTRO"




Projeto analisado: “Uso das cores para retratar momentos cotidiano”
Executado por: Sílvia Conceição Neves
Analisado por : Cleira Martys Pinto de Queiroz Batista
           
            As cores são essenciais no contexto da vida humana, desde os primórdios o homem já fazia uso de recursos naturais  para atingir o seu objetivo em representar ações e atividades de seus respectivos povos e afazeres desenhando imagens e as colorindo de acordo o seu real vivido e suas condições da época.
            Portanto, o projeto “Uso das cores para retratar momentos cotidiano” certamente é um trabalho que se bem explorado e trabalhado com afinco levando em consideração a sua aplicabilidade na/com a comunidade/alunos  tem uma grande valia, diante da relevância do tema abordado.
            Contudo, após a leitura e análise do projeto supramencionado faria algumas adequações como, por exemplo, no que concerne às brincadeiras, Juntamente com os participantes do projeto faria uma lista de brincadeiras onde cada participante indicaria sua brincadeira preferida.  A partir dessa listagem novamente recorreria à democracia para desenhar e pintar as cenas representando as brincadeiras ou simplesmente cada participante iria desenhar e pintar a sua brincadeira dando – lhe uma linguagem artística pessoal.
            Ainda sobre a temática um encontro a meu ver é pouco para trabalhar um tema tão gostoso e abrangente como é o mundo do brincar, mesmo se tratando de um público diverso quanto à faixa etária. Dessa forma reorganizaria em no mínimo dois encontros para conhecer Portinari bem como suas obras que dizem respeito ao projeto como: Futebol (1935), Meninos soltando pipa (1943), Meninos soltando papagaios (1947), Meninos Brincando (1955), Palhacinhos na gangorra (1957), Meninos pulando carniça (1957), Moleques pulando sela (1958), Menino com estilingue (1947), Menino com estilingue (1958), Meninos no balanço (1960), indicaria, por exemplo, sites onde os participantes do projeto poderiam ver e fazerem uma breve análise das cores usadas por Portinari na composição das obras já citadas, as quais podem ser encontradas em diversos  site de domínio público como http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=35488.
             Depois desse breve estudo sobre o artista e suas obras então seria a segunda etapa do trabalho, a expressão artística individual levando em consideração as brincadeiras já elencadas pelos participantes. Já com os trabalhos prontos a exposição na rua não seria uma má ideia, já que para as crianças ou quem já foi criança e participou dessas brincadeiras os muros e paredes não faziam parte da composição desse universo tipicamente infantil, entretanto, a identificação de cada brincadeira se faz necessário, bem como uma separação no que expressão visual no espaço expositivo, isto é, a obra  o espaço em que ocupará na exposição mesmo sendo ela na rua . E como foi possível observar o espaço (foto nº 1) onde foi exposto os trabalhos já possui uma característica própria que já compõe um  visual que ajudaria no contexto das brincadeiras infantis, bastando apenas uma organização da obras e suas respectivas identificações.
            Os objetivos do projeto são: Despertar o conhecimento pelas  cores; Propiciar a exploração através do cotidiano um momento histórico; Ampliar o conhecimento da comunidade demonstrando com um artista pode ter suas inspirações através de sua vivência e retrata-la em forma de arte; Despertar a curiosidade e o gosto pela arte; Expor às próprias produções no intuito de valorizar as peças produzidas. As sugestões de adequação no projeto não iriam ferir ou alterar os objetivos mencionados no mesmo, iria apenas torná-lo ainda  melhor.










domingo, 24 de junho de 2012

MINHAS CONSIDERAÇÕES


Oportunamente, quero salientar que durante essas semanas em que organizei, elaborei, escolhi o tema  e o materializei neste trabalho/projeto Os negros: da trajetória às influências desenvolvido na escola Estadual Juscelino Kubistchek  de Oliveira , localizada na cidade de Peixe – TO, aprendi muito. O que se deve ter claro é que quando se trabalha de forma interdisciplinar tudo depende do bom trabalho docente, que é o idealizador (a) e articulador (a) do permear entre as disciplinas que serão aproximadas com o projeto, e para tanto, a visão holística se torna indispensável para almejar o que se pretende alcançar e também para analisar os resultados a cada etapa desenvolvida fazendo as adequações quando necessárias, isto é, replanejando sempre que preciso.

            A disciplina de Projeto Interdisciplinar de  Aprendizagem 2  tem sido uma desmistificação no que tange ao que geralmente se ouve: “o trabalho interdisciplinar é difícil de se realizar, não é possível...”  o que de fato está obvio é que tudo é possível, basta querer e planejar. Quando se desenvolve um projeto tendo em vista a interdisciplinaridade, esse trabalho requer um bom planejamento de cada etapa a ser desenvolvida. O melhor no que concerne ao ensino e aprendizagem é que esses  processos ocorrem de forma eficaz e prazeroso no âmago da escola, oportunizando os alunos trilharem de uma disciplina à outra com leveza e compreensão percebendo que as disciplinas curriculares estão de certa forma interligadas e quando não há as barreiras da individualidade/isolamento, tudo flui bem melhor, o aprendizado acontece.
            


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Encontro Presencial


O trabalho realizado de forma interdisciplinar proporciona o diálogo entre duas ou mais disciplinas favorecendo  um ensino qualitativo e prazeroso no processo de construção do conhecimento do educando.
            O que foi possível observar  é que de uma ou outra forma todas as  disciplinas estão interligadas, principalmente no que concerne à arte e suas linguagens. Por exemplo, o Projeto Interdisciplinar, “Os negros: da trajetória às influências” buscou uma aproximação, um diálogo  com as disciplinas de Arte e História, contudo poderia ainda ter trabalhado neste mesmo projeto Língua Portuguesa e Geografia.
            Este projeto foi desenvolvido na escola Estadual Juscelino Kubistchek  de Oliveira , localizada na cidade de Peixe – TO, no entanto, a apresentação oficial dos resultados   foi organizada para ser realizada no Pólo/Palmas e devidamente realizada aos  dias 22 de junho do corrente, no período noturno, à partir das 18h:30m.
            Organizei duas formas de apresentação do Projeto, utilizando o blog devidamente atualizado com as informações dos resultados finais  do trabalhos e ainda por meio de um breve resumo comentado preparado em slide.





Os lides foram passados e ao mesmo tempo comentados e discutidos com as colegas que estavam presentes, inclusive, as adequações  que foram realizadas no decorrer do projeto e o como os alunos assimilaram o conteúdo à linguagem do desenho.
            O encontro presencial foi muito rico, pois, foi um momento de compartilhar os resultados e as dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento de cada etapa dos projetos apresentados/socializados.




domingo, 17 de junho de 2012


 Relatório do Projeto interdisciplinar: “ Os negros: da trajetória às influências”

           
O Projeto -  ”Os negros: da trajetória às influências”, mostrou aos educandos do ensino fundamental - I da Escola Estadual Juscelino Kubistchek de Oliveira, na cidade de Peixe, Tocantins como os negros chegaram ao Brasil e quais as suas principais contribuições para/na formação da identidade cultural do país e oportunamente ressaltando-as no contexto regional e local. Toda essa temática foi evidenciada por meio de pesquisa no acervo da supramencionada escola e também através de atividades de suporte como a exibição de vídeos sobre o tema, seguida de calorosas discussões e debates em sala, onde os alunos puderam se expressar livremente manifestando suas opiniões.
A pedra fundamental desse trabalho iniciou-se com a visita a turma e a apresentação do esboço do projeto, onde no ensejo os alunos ficaram cientes do conteúdo que iriamos trabalhar e como seria o processo de abordagem durante o desenvolvimento das várias etapas do Projeto.
Faz-se necessário ressaltar que o projeto teve a contou com a colaboração da equipe escolar. As aulas foram distribuídas seguindo o horário/dia da professora colaboradora nas aulas de História nas segundas – feiras e quartas-feiras, especificamente nos dias: 28 e 30 de maio; 04 e 06 de junho.
As duas primeiras aulas ficaram destinadas à pesquisa, aos debates, estes após assistirmos aos vídeos elencados como suporte para melhor compreensão do conteúdo, pois, foi uma forma que encontrei para ilustrar os fatos históricos onde os alunos pudessem reviver e compreender melhor tudo que fora pesquisado e devidamente discutido e explicado em sala.
Foram momentos únicos vivenciados no decorrer da execução desse Projeto, no entanto, uma dos momentos que considerei de grande relevância em sua aplicação foi exatamente na primeira aula da oficina de desenho (04/06), pois mesmo de posse de um texto elaborado coletivamente em papel pardo contendo subtemas do assunto em questão os alunos tiveram uma enorme dificuldade em entender o que deveriam expressar por meio de desenho na folha A4. Então, foi necessário mudar a forma de aplicação, ou seja, troquei o texto por questionamentos, lembro-me que fiz a primeira pergunta à classe: “Como os negros chegaram ao Brasil?” Os alunos foram unanimes em responderem! “De navio, tia !”. Expliquei novamente que essas respostas deveriam ser dadas por meio da expressão individua, ou seja, através da ilustração/desenho, daí em diante tudo ficou bem claro para eles. Percebi que esta seria a forma de aplicabilidade da oficina, fiquei deveras muito satisfeita com o primeiro resultado, então sucedeu várias outras perguntas seguidas de muitos outros desenhos durante as duas aulas que compreendiam os trabalhos com a linguagem artística do desenho.
Todos os 23 alunos participaram dos trabalhos e se mostraram muito interessados inclusive no momento que  solicitei que respondessem algumas questões sobre o projeto (anexo). Analisando os trabalhos e as repostas do instrumento de avaliação individual dos alunos foi possível perceber que com trabalho interdisciplinar os alunos captaram de forma precisa a essência do conteúdo estudado,  expressando à sua maneira suas respectivas compreensões do conteúdo em questão e também souberam contextualizar com o seu real vivido.
Em um dos momentos finais da oficina, já no dia 06 de junho perguntei aos alunos: ” Quais as influências deixadas pelos africanos à comunidade peixense ?” Os alunos responderam: “A súcia, a capoeira, a paçoca de pilão, a canjica, o beiju...” dentre outras coisas mencionadas. Foi nesse momento que percebi que o meu objetivo  havia siado alcançado.
A exposição dos trabalhos foi realizada na própria escola na sexta-feira, 08 de junho do corrente, onde todos que a frequentam (funciona e três turnos distintos) puderam apreciar os desenhos realizados pelos alunos do 5º ano do ensino fundamental durante o desenvolvimento do Projeto: ”Os negros: da trajetória às influências”.


  

segunda-feira, 11 de junho de 2012

RESULTADOS DA OFICINA DO PROJETO

Os alunos ilustraram muito bem como os africanos eram trazidos para o Brasil, inclusive a embarcação utilizada para fazer a travessia marítima.



Os castigos a que eram submetidos diariamente pelos feitores.



A vida na lavoura de cana -de-açúcar.




Às influências que vão desde os penteados à culinária brasileira.






Os trabalhos foram expostos nas dependências da própria escola.




quinta-feira, 7 de junho de 2012

PROJETO INTERDISCIPLINAR


1. Identificação
1.1  Acadêmica:

Cleira Martys Pinto de Queiroz Batista, portadora da matrícula número:09/0052480, acadêmica do curso de graduação em Artes Visuais, pela Universidade Aberta do Brasil – UAB / UNB, cursando o 7º Semestre, 13º Bimestre do referido curso. Pertencente ao Pólo de Palmas, estado do Tocantins, residente e domiciliada na cidade de Peixe, Tocantins localizada ao sul do estado, especificamente situada a 320 km do Pólo/Palmas.

2. Tema
O Projeto -  ”Os negros: da trajetória às influências”

3. Poética a ser utilizada
Para dar forma a este projeto será utilizado à pesquisa bibliográfica, a contextualização dos resultados e a técnica expressiva em Arte será o desenho.

4.Justificativa

O Projeto -  ”Os negros: da trajetória às influências”, visa mostrar como esse povo chegou ao Brasil e quais as suas principais contribuições para com a identidade cultural do país.
O tema proposto nesse  trabalho será abordado interdisciplinarmente nas disciplinas de Arte e História. Observa-se que a arte  sempre esteve presente no cotidiano humano através de suas múltiplas linguagens, passadas direta ou indiretamente de geração em geração, o mesmo acontece com a história do homem  ao longo dos tempos.
            A  escolha da  temática supramencionada para ser trabalhada nesse projeto é m anseio pessoal, pois, na Região sul do Estado do Tocantins, onde está localizada a cidade de Peixe, as raízes afro são muito fortes. As contribuições dos negros na formação identitária dos habitantes  dessa região se estendem desde os costumes às expressividades por meio das danças culturais dentre outros veios sociais.
            Para tanto, a disciplina de História é o caminho perfeito a ser percorrido pelos educandos em uma pesquisa que terá inicio com a identificação da origem dos negros e como eram trazidos para o Brasil. O entrelaçamento da referida disciplina com a disciplina de Arte acontecerá  com a expressividade por meio de  desenhos sobre o tema na disciplina de Arte, uma vez que essa técnica é uma linguagem universal e de fácil compreensão tanto por quem o faz como para om espectador..

5. Objetivo Geral
            Evidenciar  a história dos negros e suas principais contribuições para/na formação identitária do povo brasileiro através da pesquisa bibliográfica e da técnica do desenho.

5.1 Objetivos específicos
Estimular a pesquisa ao acervo bibliotecário da unidade escolar;
Conhecer, valorizar e respeitar a diversidade cultural existente no Brasil a partir de seu contexto histórico;
Utilizar o desenho como linguagem artística em suas produções;
Respeitar a sua própria produção e dos colegas.

6. Público alvo
            O projeto atenderá os alunos do 5º ano do Ensino fundamental, os quais já possuem em sua grade curricular  conteúdos voltados ao tema proposto. Com realização do projeto e o desenrolar de suas etapas os educandos terão oportunidade de conhecer, identificar, valorizar e respeitar as diversidades culturais advindas da cultura negra as quais fazem parte de  nossa realidade.

7. Metodologia
            A disciplina de Arte oportuniza a expressividade por meio de suas múltiplas linguagens e que ultrapassam os limites do tempo, no entanto, para dar inicio aos desenhos propriamente ditos, o projeto está subdividido em algumas etapas como:
1ª etapa: pesquisar no acervo bibliotecário o tema abordado (em grupo);
2ª etapa: Socializar os resultados da pesquisa e exibir alguns vídeos que tratam sobre o tema;
3ª etapa: Definir por escrito uma sequência histórica dos fatos;
4ª etapa: levantar as contribuições deixadas pelos negros na região Sul do estado do Tocantins (lista-las em papel pardo).
5ª etapa: concluir esboçando por meio de desenhos a história dos negros  até suas influências;
6ª etapa: socializar(expor)  os trabalhos/desenhos realizados pelos educandos.

8. Recursos
            Levantamento do conteúdo no acervo bibliotecário, folha A4, lápis, pincel atômico, papel pardo, cartolina em tamanho A3, borracha, lápis de cor, criatividade.

9. Fundamentação teórica
            De acordo com os fatos históricos  os negros começaram a ser Introduzido no Brasil com os primeiros engenhos de açúcar de São Vicente. Para alguns historiadores, os escravos africanos aqui chegaram com Martim Afonso de Sousa, em sua expedição de 1532. Durante quase 50 anos este tráfico foi regular, e em 1583 realizou-se o primeiro contrato para a introdução da mão-de-obra africana no Brasil, assinado entre Salvador Correia de Sá, governador da Cidade do Rio de Janeiro, e São João Gutiérres Valéria. Um século mais tarde já havia nas lavouras brasileiras 50 mil escravos negros, a maioria em Pernambuco. Em 1755, o Marquês de Pombal criou a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão e, em 1759 a de Pernambuco e Paraíba, as quais introduzindo grande número de negros africanos, fomentaram o progresso material do Nordeste brasileiro.
Os negros eram vendidos pelos seus sobas - chefes de tribos africanas - aos portugueses, e trazidos para o Brasil, eram de vários pontos do continente africano: da costa ocidental, entre o Cabo Verde e o da Boa Esperança; da costa oriental, de Moçambique; e mesmo de algumas regiões do interior. Por isto, possuíam os mais diversos estágios de civilização.  Daí as origens das muitas faces da cultura africana no Brasil, uma vez que foram pessoas que vieram de lugares e tribos diferentes, portanto trouxeram consigo as suas características, costumes, hábitos e crenças. É de grande valia ressaltar que hoje essas peculiaridades advindas da cultura africana fazem parte da identidade cultural dos brasileiros, que vai desde a religião, a música, às comidas dentre outros campos de relevância cultural.
 Eles eram transportados em navios negreiros, funileiros ou tumbeiras, e as descrições destas viagens - sobretudo as que foram transmitidas através dos apaixonados versos dos poetas abolicionistas - são de estarrecer como descreve Castro Alves:
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael
.

Perfazendo esse trajeto marítimo até o Brasil muitos negros morriam de doenças, maus tratos os males que os acometiam os que conseguiam chegar com vida sucumbiam-se à escravidão.
Diante de anto tormento essa gente ainda conseguiu fazer uma junção de sua cultura neste país o que deu  origem a capoeira, ao  samba e  outros estilos e  cantos  em que os tambores o  fazem parte, por exemplo no Sul do Tocantins a Súcia é uma dança de origem africana, assim como em outros lugares do país  a influência negra na cultura musical se  expande desde o Maracatu à Congada, Cavalhada(Monte do Carmo, TO).  
            A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos.  Atualmente, as religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.
            No que concerne aos pratos que certamente são outra grande contribuição da cultura africana destaca-se a feijoada quem tem sua origem nas senzalas, pois era  feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional. Entretanto, existem outros pratos que também fazem parte dessa influência  a exemplo o vatapá, o acarajé ,o caruru, o mungunzá, o sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros .
            Diante do exposto nota-se que os negros tem uma relevante contribuição à identidade da cultura nacional  e dessa forma pensar a identidade e a diversidade cultural compreende um todo que compõe a formação de uma comunidade, para tanto Barbalho afirma:
A relação identidade/diversidade é fundamental para se perceber as diversas manifestações culturais que funcionam, como referências identitárias, e muitas vezes efêmeras, para os vários grupos de uma sociedade. Os sentidos assumidos, portanto não são fixos e sim processuais e a identidade deixa de ser um fato consumado para ser uma produção. ... a diversidade não resulta em uma síntese, pelo contrário, é o pólo identitário que cede à diversidade e se multiplica em identidades” (BARBALHO, 2007, p.56).

Assim, nota-se  que a  identidade e diversidade cultural no que tange às origens e as contribuições  dos negros à sua formação foram essenciais. Então para melhor compreensão desse contexto histórico o desenho será a técnica unida à pesquisa bibliográfica para fazer-se materializar os fatos.
 O ato de desenhar existe desde os tempos da pré-história, como forma de comunicação visual principal num mundo onde as palavras apenas eram ditas, não escritas. Assim, o desenho no que tange ao conceito artístico nada mais é do que o uso das técnicas de desenho para a difusão e comunicação dos pensamentos de um individuo. Tratado definitivamente como arte a partir da Renascença tornou-se a base para praticamente toda manifestação artística onde a imagem é retratada em um plano existente. Uma vez que a partir do século XV o desenho começou a tornar-se elemento fundamental da criação artística, um recurso essencial para se chegar à obra final. Para alguns artistas como Leonardo da Vinci, Albrecht Durer, Michelângelo, Rafael dentre outros renomados da arte que vieram posteriormente, o desenho é visto e entendido como uma forma de conhecimento. O que segundo Arslan, desenhar tendo como ponto de partida uma imagem pode convidar o aluno a pensar uma nova composição, um jeito de representar algo. Partindo dessa afirmação pode-se observar que o desenho é um campo amplo para/na criação de uma pessoa basta colocar em prática o ato de fazer.

10. Referencias

ARSLAN, Luciana Mourão e IAVELBERG Rosa. Ensino de Arte. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
BARBALHO, Alexandre. Políticas Culturais no Brasil: identidade e diversidade sem diferença. In: RUBIM, Albino; BARBALHO, Alexandre (Orgs.). Políticas Culturais no Brasil. Coleção CULT v. 2. Salvador: EDUFBA. 2007.
ORTIZ, Renato. Cultura e Identidade Nacional. São Paulo:Brasiliense,2005.
DIEESE - Reportagem da revista Com Ciência, editada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC
http://www.culturabrasil.org/navionegreiro.htm acesso em 04 de abril de 2012.


terça-feira, 29 de maio de 2012

PROJETO INTERDISCIPLINAR DE APRENDIZAGEM

O Projeto Interdisciplinar de Aprendizagem, ”Os negros: da trajetória às influências” terá como poética a ser utilizada Para dar-lhe forma à pesquisa bibliográfica, a contextualização dos resultados e a técnica expressiva em Arte será o desenho. Este Projeto, visa mostrar como os negros chegaram ao Brasil e quais as suas principais contribuições para com a identidade cultural do país. O tema proposto nesse trabalho será abordado interdisciplinarmente nas disciplinas de Arte e História. Observa-se que a arte sempre esteve presente no cotidiano humano através de suas múltiplas linguagens, passadas direta ou indiretamente de geração em geração, o mesmo acontece com a história do homem ao longo dos tempos. A escolha da temática supramencionada para ser trabalhada nesse projeto é m anseio pessoal, pois, na Região sul do Estado do Tocantins, onde está localizada a cidade de Peixe, as raízes afro são muito fortes. As contribuições dos negros na formação identitária dos habitantes dessa região se estendem desde os costumes às expressividades por meio das danças culturais dentre outros veios sociais. Para tanto, a disciplina de História é o caminho perfeito a ser percorrido pelos educandos em uma pesquisa que terá inicio com a identificação da origem dos negros e como eram trazidos para o Brasil. O entrelaçamento da referida disciplina com a disciplina de Arte acontecerá com a expressividade por meio de desenhos sobre o tema na disciplina de Arte, uma vez que essa técnica é uma linguagem universal e de fácil compreensão tanto por quem o faz como para om espectador. Fotos iniciais:

domingo, 15 de janeiro de 2012

A arte: rupestre, indígena e barroca, na formação da identidade do povo brasileiro.

A atividade artística permeia a evolução humana desde os primórdios, haja vistas, que é por meio do registro destas atividades que o homem deixou os primeiros indícios que de alguma forma dão sentido e concretizam o sentido artístico e histórico às suas experiências do cotidiano vivido.
O homem pré-histórico ao desenhar em paredes das cavernas ou até mesmo em pedras a céu aberto deixou para as gerações vindouras um verdadeiro legado, a arte rupestre, que mesmo nos dias de hoje ainda é objeto de estudo da sociedade contemporânea.
Considerada uma fonte histórica de ensinamento onde os estudiosos buscam a compreensão dos desenhos e objetos encontrados nos chamados sítios arqueológicos espalhados pelo mundo.
No Brasil os principais sitos arqueológicos estão localizados nos estados: Piauí (Parque Nacional da Serra da Capivara e Cariris Velho); Minas Gerais (Lagoa Santa e Peruaçu); Mato Grosso (Rondonópolis). Existem muitos outros lugares onde a própria comunidade encontrou esses vestígios, mas nas nem sempre são catalogados e estudados por uma área especifica do governo estadual e federal o que na maioria das vezes dão lugar a implacável fúria do progresso e parte da história outrora encontrada se perde para sempre.
Não se pode deixar de mencionar que as pinturas rupestres mais antigas encontradas em território nacional estão localizadas na Serra da Capivara, no Piauí, datando segundo os estudiosos aproximadamente 13.000 anos antes de Cristo.
Então é partindo desses “achados” que os arqueólogos buscam organizar e aproximar a população contemporânea da realidade vivida pelo homem pré-histórico e dessa forma traçar a sua evolução.
O que se observa é que mesmo em épocas distintas cada povo contribuiu à sua maneira com os processos evolutivos da humanidade, um bom exemplo a citar são os povos indígenas que antes mesmo dos portugueses aportarem no Brasil eles já viviam em grande número em sua maioria localizados nos litorais do país regiões onde a caça, a pesca e a cultivo da terra eram fartos, local ideal para uma comunidade viver.
Sobre os primeiros habitantes desta terra pode-se afirmar que através de seus afazeres diários deixaram um vasto campo cultural e crendices seculares no que tange a sabedoria em lhe dar com a natureza e a espiritualidade.
A arte indígena é toda cheia de conceitos e significações esta vem desde a pintura facial que reflete o estilo especifico do grupo às cestarias que além de serem bonitas e boas devem serem uteis, assim como a denominada arte plumária.
Dentro da cultura indígena o que mais chama a atenção certamente é a secularidade perpetuada em todos os seus fazeres, ou seja, tudo deve seguir o estilo usado pelos antepassados, onde a tradição é referencia essencial nas atividades de cada tribo.
Os anos se passaram, os índios perderam suas terras, foram praticamente extintos demograficamente e hoje luta para ter uma educação assegurada em sua própria língua inclusive ter registros escritos em sua própria língua (língua materna), no entanto, a secularidade garantiu-lhes a preservação de suas respectivas culturas.
Indiferente à época, a sociedade, as pessoas de cada uma delas possuíam e possuem objetos e técnicas distintos apesar das semelhanças, pois desde os tempos mais remotos até os dias atuais, a criatividade e a exploração das cenas do cotidiano tem se manifestado sem cessar em forma de arte.
O tempo passou e o Brasil tornou-se uma mima de ouro para os portugueses, a população aumentou consideravelmente, então, surge o etilo Barroco no Brasil, este foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias.
A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu nas cidades auríferas de Minas Gerais, no chamado século do ouro (século XVIII) e na Bahia, pois era lá que a produção de açúcar movimentava a sociedade da época. Estas cidades eram ricas e possuíam uma intensa vida cultural e artística em pleno desenvolvimento.
As ordens religiosas procuravam através da imponência das imagens e das obras arquitetônicas pretendiam reafirmar o caráter sagrado dos santos e templos religiosos, onde o impacto visual prende a atenção dos apreciadores. Os grandes nomes do Barroco no Brasil foram o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e o pintor Manoel da Costa Ataíde.
Oportunamente faz-se necessário ressaltar que o estilo Barroco traduz a tentativa de conciliação de forças como: o bem e mal; pureza e pecado; corpo e espirito; paganismo e cristianismo dentre outras.
Em linhas gerais suas características mais visíveis são a busca de efeitos decorativos e visuais, o entrelaçamento entre a arquitetura e a escultura, efeitos ilusórios na pintura e por fim o emocional sobre o racional.
Diante dessas definições que conceituam o Barroco pode-se afirmar que o Brasil é uns pais barroco, tendo em vista as características deste estilo.
Em suma, a pluralidade cultural brasileira é perfeitamente explicável, onde há múltiplas influencias nota-se a diversidade de saberes que vão desde a arte, à culinária especifica de cada região do país, levando em consideração a predominância de sua gente. Uma vez que cada região possui seus fatores de influencia como, por exemplo, os estados onde existe um número maior de aldeias indígenas, a cultura tende a ser uma pluralidade onde se manifesta de forma visível as referencias indígenas.
Assim, o homem ao produzir sua arte leva em consideração os acontecimentos históricos e obviamente sua real situação social, econômica e politica, dessa forma sempre que se observa a arte rupestre, a arte indígena, a arte barroca ou outro estilo, nota-se que tudo está carregado de história, de um tempo próprio e peculiar de cada época tendo por base a visão (olhar) critica de quem as reproduz.
O fato é que o ser humano necessita da arte para expor suas emoções, eternizar situações, contar a história.




Referencias Bibliográficas:

TIRAPELI, Percival. Arte Indígena do Pré-Colonial a Contemporaneidade. Cia Editora! Nacional: São Paulo. 2006.

Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=5354. Acesso em :26 de março de 2011.

Disponível em:
http://www.girafamania.com.br/americano/materia_brasil-arterupestre.html . Acesso em 24 de março de 2011.

DOCUMENTÁRIO. Neide Guidon (Arqueóloga). Obra Revelada. Disponível em http://uab.unb.br/moodle/mod/resource/view.php?id=69990 . Acesso em 24 de março de 2011.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Museu Paulista da USP- Museu do Ipiranga

São muitas ás obras de arte que podem ser vistas virtualmente, as quais pertencem ao acervo do Museu Paulista da USP (MP), conhecido como Museu do Ipiranga.
A escolha desse endereço/museu para visitas virtuais se deve ao fato de que ali está sendo contado por meio de informações visuais, objeto (utensílios, peças religiosas, manuscritos, etc.) um bom trecho da história brasileira datados do século XIX e XX.
Ao acessar o endereço eletrônico /site abre-se varias janelas dentre as quais possuem uma separação, ou seja, um critério de/para exposição por meio de ambientes separados como sala, cozinha, dentre outros, a exemplo, no primeiro ambiente podem-se observar objetos como cômoda, jarros, cristais e principalmente retratos de pessoas, provavelmente da família real. Tudo meticulosamente preservado e ali desposto mantendo uma ambientação bastante familiar e tradicional bem próximo a realidade vivenciada neste período, Brasil colônia; Segundo ambiente, está exposto um documentário por meio de desenhos, fotos, móveis, e manuscritos os quais descrevem como eram as casas e as ruas do século XIX; Terceiro ambiente a sala de jantar e a cozinha, nesta existe um riqueza de detalhe muito grande do fogão às comidas a serem preparadas. A mesma divisão segue para as outras janelas de acesso ao museu.
Enfim neste espaço é possível viajar no tempo e conhecer um pouco dos costumes, dos hábitos, das roupas de época, o processo de divisão do trabalho, ver através das pinturas a óleo como se desenrolou a abordagem portuguesa em terras brasileiras e os primeiros anos da colonização e por fim a independência proferida às margens do riacho Ipiranga. É uma viagem na história de nosso país, um conteúdo rico a ser trabalhado com alunos e professores.
Pode-se afirmar que o museu virtual do Ipiranga objetiva mostrar por meio da preservação de fatos, obras e objetos como se deu o processo desde a vinda da família real para o Brasil até a Independência dessa nação, isto é, vivenciar a história por meio da arte e da visualidade observada ao adentrar nos ambientes disponíveis para acesso.
Partindo dessa premissa organizei a exposição contendo as seguintes obras na ordem dos acontecimentos históricos, digamos que seja uma pequena linha do tempo imagética onde possamos visualizar e contar a história.


Exposição: “ Da fuga a independência”.




Dom Pedro, quadro de Benedicto Calixto, 270 × 448 – exposto no Museu do Ipiranga".



Fundação de São Paulo( 1909),óleo sobre tela, 185 x 340 cm, por Oscar Pereira da Silva (1867-1939)




Esta é obra Fundação de São Vicente, óleo sobre tela, 65x100 cm, 1532 pintada por Benedito Calixto.



"O Grito do Ipiranga" de Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888).




304 × 227 - Pintura Independência ou Morte, óleo sobre tela de Pedro Américo.



Esta é uma parte do salão nobre do Museu do Ipiranga e o quadro da independencia, que juntos formam um novo conjunto,uma nova obra que me atrevo a dizer, formou uma bela composição artistica o retrato de Dom Pedro na parte superior da tela(parede), rodeado pelos detalhes do prédio.

1.Roteiro Educativo

O presente roteiro educativo vem com temas a serem relatados no momento da visita pelo acompanhante, neste caso, o professor que fará estes breves comentários a cerca de nossa história, ou ainda poderão estar em slides com as fotos e a história por escrito.

1.2 A vinda da família real para o Brasil:

Ao visitar esta pequena exposição serão relatados em breve comentário os motivos da vinda da família real para o Brasil.

1.3 O governo:

O príncipe Regente, Dom Pedro.

1.4 A edificação das cidades:

Como esse processo ocorria no meio da densa floresta, as pessoas envolvidas, os nativos.
1.5 O grito de independência:

Os motivos que levaram Dom Pedro a proclamar a nossa independência de Portugal.

1.6 O patrimonio cultural nacional.

O museu do Ipiranga, sua função social.

Fontes de pesquisa:

Site:http://www.sp360.com.br/site/conteudo/index.php?in_secao=37&in_idioma=1&in_conteudo=85&thisMediaId=2806 acesso em 17/10/2011.

Site de pesquisa: http://www4.usp.br/index.php/cultura/1185 acesso em 18/10/2011.

Site:http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=MUSEU+DO+IPIRANGA+parte+interna-exposi%C3%A7%C3%B5es&gs_sm=e&gs_upl=4673l12974l0l13143l25l22l0l0l0l0l2018l17930l6-12.4.1.1l18l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&biw=1026&bih=670&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi#um=1&hl=pt-BR&tbm=isch&sa=1&q=MUSEU+DO+IPIRANGA+obras+de+pedro+am%C3%A9rico&oq=MUSEU+DO+IPIRANGA+obras+de+pedro+am%C3%A9rico&aq=f&aqi=&aql=1&gs_sm=e&gs_upl=44913l50632l0l51245l46l18l0l0l0l8l746l5996l5-9.1l10l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=6f41b1d29276e71a&biw=1026&bih=670 acesso em 20/10/2011.

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